Sabe o que acontece com nosso corpo quando nos apaixonamos?

"O coração tem razões que a própria razão desconhece" já dizia o grande filósofo Blaise Pascal.

De fato, o amor parece ser qualquer outra coisa, menos uma coisa racional... mas quem garante que ele não pode ser explicado pela ciência?

Não só pode, como foi explicado! De acordo com cientistas, o amor é simplesmente uma questão de química.

Será que isso explica por que nos apaixonamos por uma pessoa e não por outra?

Por que é que estar ao lado de alguém que nos agrada faz nosso coração bater mais forte?

Por que depois de algum tempo que estamos com alguém, a relação se transforma?

Segundo eles, mérito (ou culpa) de alguns hormônios produzidos no nosso corpo e que causam aquela estranha "doença" chamada: AMOR.

Mais precisamente, o processo amoroso teria 3 fases, cada uma delas caracterizada por determinadas substâncias e com "sintomas" específicos.

Você está curioso para saber o que acontece no seu corpo quando você se apaixona? Continue a ler!

A primeira fase da relação amorosa é a atração que é principalmente física, ou seja, aquele momento em que sentimos um enorme desejo por uma pessoa em especial.

Isso tudo acontece por causa de 2 hormônios presentes em homens e mulheres e são responsáveis pelos instintos sexuais: a testosterona e o estrogênio. São eles qie impulsionam os humanos a encontrar um parceiro.

Mas o que nos faz escolher uma pessoa e não outra? Muitas vezes porque essa pessoa nos lembra alguma coisa familiar, temos a sensação de que ela é semelhante a nós, que nos lembra experiências já vividas... Essa sensação de semelhança e familiaridade são, basicamente, os principais responsáveis pela atração. E é, no momento em que experimentamos uma emoção assim que nosso cérebro produz os 2 hormônios do desejo.

Mas e quanto ao famoso ditado: "os opostos se atraem", eles é realmente verdade? Em alguns casos sim, nem sempre reviver o passado é o que nos atrai, muitas vezes buscamos no outro aquilo que não tivemos ou buscamos características que gostaríamos de ter, ou que temos temos necessidade ou vontade de experimentar.

Pra complicar mais, além da busca pelo conhecido ou o desejo do desconhecido, ainte existe o aspecto físico: algumas experiências confirma que muitas vezes olhamos com mais interesse as coisas e pessoas que achamos mais ser mais bonitas!

A segunda fase do relacionamento amoroso é a paixão, que definimos como um forte impulso emotivo e passional em relação ao outro.

Esta atração pode ser justificada pela presença da dopamina (relacionada ao desejo) e da norepinefrina (relacionada à excitação) que, combinadas com um nível reduzido de serotonina (quando em grandes quantidades, é associada à depressão) criam a paixão!

Complementando o mix de hormônios que atuam em nosso corpo neste momento, está a busca contato fĩsico com o outro, isso eleva a excitação ao céu e torna a atividade sexual mais intensa e gratificante.

Depois disso tudo, é mais que normal o surgimento de uma certa intimidade e a criação de um vínculo afetivo sólido que, provavelmente, permanecerá quando a loucura e o ardor da paixão dos primeiros momentos, se esgotarem.

Costumamos dizer que, quando estamos apaixonados, passamos a sentir as famosas "borboletas no estômago"... o que é verdade, o fato de estarmos apaixonados, causa consequências a nível fisiológico.

Entre estes efeitos, estão pupilas dilatadas, sudorese, aceleração do ritmo cardíaco e respiratório... estes são os sinais que o nosso corpo usa para nos avisar que estamos apaixonados! mas também existem efeitos não tão agradáveis como a perda de apetite, distúrbios do sono e, é claro, a clássica ansiedade.

E agora, passamos a fase três! Ah, o amor!

Todos nós sabemos que a paixão não dura para sempre, ela sofre um declínio e aí, atingimos a terceira fase da relação amorosa: o amor, o afeto.

A excitação e a euforia, ou seja, a paixão dos primeiros tempos cedem, gradualmente, lugar a um legado afetivo profundo e íntimo. A explosão de sentimentos do início da relação se transforma em uma melodia suave, menos enérgica, mas muito mais concreta, em alguns casos, tão concreta que pode durar por toda a vida.

A fase do amor e do afeto é caracterizada fisicamente pela concentração de oxitocina (também chamaso de hormônio do amor) e vasopressina, substância capaz de favorecer o orgasmo.

Neste ponto, a paixão inicial se acalma e dá espaço a uma sensação de serenidade, de segurança, de entrega recíproca, de cumplicidade, quase uma conexão entre almas... agora poderíamos falar do famoso Amor, com A maiúsculo. Amor capaz de gerar uma relação duradoura e estável, levar ao casamento, à criação de uma família, enfim, na construção de uma vida juntos.

Se fossemos listar os TOP 10 dos gestos de amor, encontraremos o beijo... mas o que acontece com nosso corpo quando beijamos a pessoa que amamos?

O ato de beijar dá origem a uma cadeia de reações químicas que tem uma série de consequências positivas, principalmente quando se trata de amor. Entre elas, podemos citar a redução dos níveis de cortisol (o hormônio do stress) e o aumento da oxitocina, responsável pela sensação de bem estar.

Os cientistas ainda não sabem o que gera esta reação tão hormonal, mas alguns a associam aos feromônios, trocados através da saliva.